Para abrir os trabalhos socioambientais de 2019, aconteceu na manhã dessa quarta-feira(09), o encontro mensal do Fórum Estadual Lixo e Cidadania – FLC/Ba. A primeira reunião contou com a presença de representantes de várias associações e cooperativas de catadoras e catadores de materiais recicláveis, entre elas algumas integrantes do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia – CCRBA, organizações não governamentais, universidade e órgão públicos, o encontro ocorreu na sede do Programa Recicle Já Bahia, no Centro Administrativo da Bahia.
Um dos principais pontos na pauta de assuntos foi a apresentação do movimento Pimp My Carroça e do aplicativo Cataki, suas possibilidades de comunicação e integralização entre catadoras/catadores, geradores e empreendedores de resíduos recicláveis em Salvador. As explicações foram mediadas pela facilitadora Laíze Bonfim, mestranda em Políticas Sociais e Cidadania, pela Universidade Católica de Salvador.
A segunda etapa do encontro foi utilizada para tirar dúvidas sobre cadastramento e documentação necessária para inserção dos agentes ambientais no sistema e discussão da necessidade de uma agenda de eventos. Para Michele Almeida, presidenta do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia e integrante do Fórum, esses encontros refletem a urgência do fortalecimento das redes de reciclagem em Salvador e a necessidade do acompanhamento tecnológico desses trabalhadores. “No dia a dia da lida é difícil estarmos ‘antenados’ em celulares, aparelhos eletrônicos de forma geral, mas precisamos nos adaptar e acompanhar, principalmente se é uma tecnologia que otimiza nosso trabalho e impulsiona a visibilidade da nossa atividade”, pontuou Almeida.
Joilson Santana, coordenador do Projeto Cuidar Cidades e também integrante do Fórum Estadual Lixo e Cidadania, ressaltou a representatividade do trabalhador como uma demanda primordial: “o acesso às ferramentas é importante, é necessário acompanhar um caminho natural de nossa sociedade, mas é preciso, antes de tudo, cuidar do homem. É preciso reconhecimento social de nossa atividade. A elevação da auto estima de catadoras e catadores deve acontecer em paralelo ao uso das tecnologias”, sugeriu Joilson.