A história da parceria do Coletivo PermaSampa com o Espaço Cultural Jardim Damasceno é longa, uma vez que lá foi o local a receber os primeiros projetos de design permacultural e mutirões das edições anteriores do curso. Lá também foi onde começou a atuação da Escola Sem Muros, grupo de arquitetos que teve a iniciativa de sintetizar todas as ideias sugeridas num único projeto, que começou a ser implantado numa imersão de 10 dias em janeiro deste ano e, agora segue em fase de aprovação do poder público. O projeto foi premiado pela Bienal de Arquitetura de Veneza, do mesmo ano. Regressar ao Jardim Damasceno traz um pouco da sensação de regressar ao lar.
A Nádia Recioli, uma das fundadoras do PermaSampa, começou a aula no sábado (05/10) revisando a metodologia e conduzindo práticas de design permacultural, com conceitos de Bill Molison. Os participantes tiveram a oportunidade de se reunirem em seuus grupos e trabalhar em aula, no projeto que apresentarão no final do curso.
Pela tarde, a aula foi sobre Solos, Compostagem e Ecologia Cultivada com a Thais Simoni, engenheira ambiental e permacultora formada pelo coletivo, o que gerou um misto de orgulho e alegria pela resiliente atuação da Thais na permacultura em São Paulo. Experiência que lhe permitiu trazer uma importante reflexão para o momento, com a visão política e social, traçando um paralelo da permacultura com as questões ambientais locais e globais.
No dia seguinte, pudemos nos aprofundar no tema de Ecologia Cultivada com a Claudia Visoni, jornalista-agricultora e agora Deputada Estadual trazendo representatividade ambiental num mandato coletivo, através da Bancada Ativista, que traz tantas causas fundamentais aos direitos humanos.
Também tivemos a oportunidade de contar com Elyssom Cotrim, ex aluno do PermaSampa, se aprofundando no tema de Ecologia Cultivada e compartilhando a sua experiência de administrar por 6 anos o Parque Pinheirinho.
O Espaço Cultural Jardim Damasceno é fruto da dedicação da Associação de Moradores do Jardim Damasceno, que desde 1970 se reúne para buscar melhorias para o bairro e, hoje oferece para jovens e adolescentes, oficinas de dança, capoeira, educação ambiental, grafite, entre outras.