Fonte: Mauro Akin Nassor - Correio da Bahia
O que une uma manhã chuvosa, com vários pontos de alagamento, já conhecidos, e uma reunião dos catadoras e catadores de materiais recicláveis representantes de cooperativas? O saneamento básico. Ou pior, sua estrutura comprometida ou a ausência total dela. É que esse foi o ponto de pauta da reunião do Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia – CCRBA. A falta de atenção e apoio à atividade desenvolvida por esses trabalhadores, somada à destinação inadequada dos resíduos sólidos refletem diretamente na situação em que a capital baiana se encontra nos dias de chuva. A equação parece simples: fomento à educação ambiental + implantação da coleta seletiva com inclusão socioeconômica dos catadores + participação e engajamento da população = garantia de Saneamento Básico. Contudo, uma síntese como essa soa complicada quando essa engrenagem não é bem assimilada pelos gestores públicos, responsáveis pela área.Fonte: Ascom / CCRBA
Além dos trabalhadores das cooperativas e associações que integram o Complexo, estiveram presentes a presidenta Michele Almeida e o vice, Jerônimo Bispo. O encontro aconteceu nesta quinta-feira (08), na sede do Centro de Arte e Meio Ambiente – CAMA, localizado no bairro do Uruguai – Península de Itapagipe.
A dinâmica do trabalho da catação e os impactos positivos da atividade foram colocados na reunião, tomando por pano de fundo, as fortes chuvas que caíram pouco antes do horário do encontro. “Tivemos por volta de duas horas de chuvas e, apesar do pouco tempo, percebemos as ruas alagadas, a altura que as águas podem chegar por conta dos entupimentos de bueiros e das chamadas bocas de lobo. Esses resíduos descartados de maneira errada fazem parte do material que coletamos no dia a dia. Esse é um dos impactos mais diretos do trabalho da catação, que ainda sim não é reconhecido nem considerado por parte da sociedade e poder público em geral”, assegurou a presidente Michele Almeida.
Jerônimo Bispo, compartilha a colocação da presidente e acrescenta: “sem nosso trabalho essa situação de alagamento poderia estar ainda mais agravada aqui em Salvador. Nossa atividade precisa ser considerada e remunerada à altura da importância do que fazemos”, desabafou o vice-presidente.
Fonte: Ascom / CCRBA