Sobram estratégias e falta bom senso nos esquemas especiais voltados para às festas populares em Salvador. Até a chegada do carnaval, final do mês, as ruas, becos e vielas da cidade serão tomadas pela população, turistas e todo resíduo sólido, potencialmente reciclável, gerado por eles e mal descartado pelos caminhos.
Foi o que se viu no último sábado, na Festa de Iemanjá, possivelmente o que se verá na Lavagem de Itapuã, próximo dia 21, nas festas de pré-carnaval do Fuzuê, Furdunço, Pipoco e, claro, na Folia Momesca. Apesar de toda estrutura e dos altíssimos valores investidos por patrocinadores de peso, a catação do material potencialmente reciclável descartado irregularmente nesses momentos ainda deixa quem mais precisa de fora: o(a) catador(a) de material reciclável.
A cidade que ostenta o título de ter a maior festa de rua do planeta ainda não trata os resíduos sólidos gerados nessa festa a contento. Isso em se tratando especificamente do Carnaval, porque nos demais dias comuns a pergunta feita há mais de dez anos e que ainda não se obteve resposta é: Por que a Prefeitura Municipal de Salvador ainda não implantou a coleta seletiva com educação ambiental e inclusão socioeconômica dos catadores de materiais recicláveis? Pensando na construção de alternativas para transformar essa realidade na Região Metropolitana de Salvador, em especial Salvador e Camaçari, o Complexo Cooperativo de Reiclagem da Bahia - CCRBA tem desenvolvido algumas atividades para destacar a importância deste debate por meio do Projeto Cuidar das Cidades: Nossa Casa Comum com o apoio do Fundo Socioambiental CASA.